sábado, 18 de abril de 2009



Meu amor…
Quanta saudade de ti de mim, de nós. Saberás com certeza, o quanto sofria quando te via triste. Meu coração ficava doendo de tanta tristeza.
E, quando sentia que me querias dizer, o que ia em tua alma…Mas, apenas se via em teu rosto um sorriso sombrio, que dizia mais que mil palavras, as palavras eram quase inúteis, entre nós, bastava apenas um olhar para dizer, o que o outro, estava sentindo.
Amor…Sabes o quanto sonhava, puder acordar contigo a meu lado.
Até as coisas mais simples, se tornaram quase um desejo doentio, por saber que jamais, se iriam concretizar.
Como gostaria de colocar, uma música romântica, para que pudéssemos dançar, num só corpo, em um só sentimento…no amor que nos unia.
Como seria gostoso, puder passear de mãos dadas á beira-mar, nossos pés acariciando a areia, e as ondas de espuma, beijando-os suavemente. Correr pelos campos floridos, apanhar suas flores silvestres, para com elas fazer grinaldas, sentarmo-nos no chão, rirmo-nos de tudo e de nada, e namorar como se fôssemos ainda adolescentes.
Sei que é utopia, na vida real nem tudo são rosas, mas…Quantas vezes falámos, que os problemas eram minimizados, porque poderíamos contar um com o outro. Era total a nossa cumplicidade, e quando existe um amor verdadeiro, ele é a força e a esperança, de que o dia de amanhã, será melhor do que o de hoje.
Embora, mesmo havendo, um grande e verdadeiro amor, sempre havia discordâncias, que acabava num entendimento!
Só que a realidade falou mais alto e talvez a sua maneira de ser, tenha contribuído para tal. Sem culpas, nem desculpas, você teve que partir. E assim todos os meus desejos
Partiram com você.
Ainda ouço a tua voz, sussurrando palavras de amor, o teu cheiro ainda está em mim,
Também posso sentir, o teu olhar me desnudando e o sabor do teu beijo pedindo outros mais.
Meu amor, ter você junto de mim me daria vontade de lutar, para de novo ter a minha felicidade. Como isso não será mais possível, tenho que viver resignada, mas feliz porque amei e fui amada.
Mas, há muito tempo, decidi que não te iria esquecer.
Assim busco em mim, o teu amor, para continuar a viver.
Nesta saudade, te escrevo esta prosa, no nosso entardecer.


Leo Marques

2 comentários:

António Manuel Fontes Cambeta disse...

ENCICLOPÉDIA MINHA


A primeira enciclopédia que li
composta de quatro volumes
nela o amor eu aprendi
seguindo seus velhos costumes

Tinha histórias com muitas virtudes
lelas todas eu quisera
uma da Maria Gestrudes
outras da Pinto Guerra


Enciclopédia especial
em Monte do Trigo editada
fazendo parte da cultura de Portugal
era por mim muito estimada

Muitas páginas desfolhei
aumentando minha cultura
de seus anais sempre gostei
foram para mim uma aventura

Havia sempre um motivo
para suas páginas desfolhar
suas histórias um incentivo
para delas poder disfrutar

Em Évora um dia a deixei
numa parteleira bem arrumada,
era pequena bem o sei
e pelo fogo foi devorada

Com suas folhas queimadas
o vento as cinzas espalhou
elas que foram tão estimadas
da enciclopédia nada mais restou

Comprei novas edições
e essas a estou lendo
estão recheadas de emoções
e a velha enciclopédia esquecendo



Publicado no site: O Melhor da Web em 08/04/2009

Seu poema está maravilhoso, profundo que me fez ficar meditando em suas belas palavras.
Adorei.
Abraço amigo e meus respeitosos cumprimentos a seu esposo e suas belas flores.

Eu me mudei para www.omelhordaweb.com.br

Leontina Marques disse...

Boa tarde amigo.Gostei desta sua "ENCICLOPÉDIA" não a conhecia.
Também fiz uma cirugia ao joelho, esta indo bem, leva é tempo.Obrigada pela visita abraço